O Banco de Sangue de Ourinhos teve início em Novembro de 1990, onde diante de uma crise no abastecimento de hemocomponentes para a Santa Casa de Misericórdia de Ourinhos, se viu a necessidade de se criar um serviço que atendesse as primordialidades de um hospital de grande porte e também os regionais, que até aquele momento mantinha apenas uma agência transfusional.
A partir daí teve inicio o planejamento e desenvolvimento de um serviço privado que atendesse não só a Santa Casa de Misericórdia de Ourinhos como também os outros hospitais da cidade e da região.
Muitas foram as dificuldades encontradas já que a hemoterapia passava não só a nível nacional, mas mundial por transformações profundas devido a eventos como a AIDS que se tornou acima de uma questão patológica um problema social e junto também outras patologias que mobilizaram a sociedade e transformou definitivamente a hemoterapia no Brasil.
Normas foram criadas e estabelecidas tornando a hemoterapia um serviço de qualidade e segurança, mas esbarrando na falta de estrutura dos outros setores da área da saúde que criaram dificuldades no funcionamento pelo não entendimento das profundas mudanças, então ocorridas.
A questão da remuneração da doação de sangue que não é só em espécie, mas também na forma de brindes ou benefícios, foi banida e de difícil compreensão para a população, onde o estímulo à doação não poderia mais ser manipulada ou depender de benefícios a não ser o altruísmo do doador. Também há de se considerar que a educação médica teve que se adaptar aos novos critérios de indicação de hemocomponentes.
No meio de toda essa turbulência incluindo fiscalizações maciças na época por parte da Vigilância Sanitária hoje Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, que cobravam a mesma adequação de um grande hemocentro para serviços de pequeno porte.
Tamanha foi a cobrança que vários serviços sucumbiram por não ter capacidade de se adequar às novas normas, não por falta de recursos financeiros, mas por não possuir um sistema de gestão técnico e administrativo adequado. Neste vácuo e sem os serviços públicos conseguirem atender a todos na região, se abriu espaço para o crescimento e implementação do Serviço de Hemoterapia da cidade, denominado Banco de Sangue de Ourinhos.
Após, montada e adequada à estrutura física, o serviço precisava aprimorar a captação de doadores de sangue, já que todas as propagandas inadequadas pelos meios de comunicação das doenças transmissíveis pelo sangue atingiram também os doadores, que com medo de se infectarem deixaram de comparecer aos apelos para uma doação de sangue.
Neste momento o desenvolvimento de ferramentas para a conscientização da população que a doação é inócua se fez necessária, pois sem o doador não se tem o serviço e sem o serviço a população não teria um atendimento de qualidade e segurança.
Atualmente o Banco de Sangue de Ourinhos atende a uma população de aproximadamente 568.000 habitantes presentes em 31 municípios das regiões de Ourinhos e Itapeva, com dois centros de coleta, processamento, distribuição e sorologia, um em Ourinhos e outro Itapeva-SP.
Conta com um quadro de 36 funcionários em ambos os centros, sendo uma equipe multiprofissional composta por Administrador, Auxiliar de Enfermagem, Biomédico, Biólogo, Enfermeiro, Médico, Técnico de Enfermagem, Tecnólogo entre outros.
Após tantos aprimoramentos na base de conhecimentos específicos da área de serviços hemoterápicos, investimentos em sua estrutura e também em seus funcionários qualificando-os para que pudéssemos alcançar a qualidade que hoje podemos nos orgulhar de ser de fato conseguida, cumpre sua funçăo social no atendimento da saúde pública e empresarial na captaçăo e gerenciamento de recursos em um seguimento tăo complexo, podendo oferecer seus serviços com a certeza de realizar com toda qualidade de que um grande Hemocentro.